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domingo, 16 de outubro de 2011

Marketing verde, realidade insustentável e papel da Ciencia


Por Liliana Peixinho*

De que maneira a Comunicação pode contribuir, ou não, com a sustentabilidade? A informação veiculada e acessada, filtrada, pode ajudar na mudança de comportamento? Como isso pode acontecer, de fato? Se formos verificar o volume de investimentos que governo e empresas realizam, para propagar programas e produtos, podemos supor que as contrapartidas em visibilidade, credibilidade e por conseqüência, consumo, apresentam retornos que satisfazem bem os interesses de uma das partes da cadeia, os investidores. Mas, e o consumidor, esta satisfeito? E a matriz de produção, tem sido preservada, cuidada?
Se a Comunicação como grande área do jornalismo, publicidade, relações públicas, assessoria de imprensa, redes sociais e outras, que aparecem no cenário do avanço de novas tecnologias, tem peso relevante nas demandas diversas do cotidiano qual o modelo de Ciência que queremos, precisamos para a pautas permanentes como a defesa e promoção de direitos, manejo sustentável dos recursos naturais, manejo de resíduos, incentivo, apoio e promoção ao uso de energias renováveis, limpas, redução do risco de desastres, preparação e adaptação às mudanças climáticas.

É objetivo desse artigo despertar a atenção sobre forma, velocidade, conteúdos e resultados de comportamentos construídos pela mídia, através da propagação massiva de conteúdos, sob o olhar da sustentabilidade. Essa pesquisa é reforçada por depoimentos de especialistas e jornalistas sobre o cotidiano brasileiro, mostrando quão distante anda o discurso, generalizado, da prática. Onde a garantia da Vida se revela frágil quando observamos o caos em setores importantes como saúde, educação, transportes, moradia, emprego. Problemas sentidos de perto por quem mais o governo diz estar dando atenção: as classes média e pobre.

Lobby invisível

Quando analisamos dados como o do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ao revelar que os dois por cento mais ricos dos adultos do mundo possuem mais do que a metade da riqueza familiar global, enquanto que os 50 por cento mais pobres dos adultos possuem apenas um por cento e constatamos que os ricos foram os que mais se beneficiaram com o crescimento econômico global vemos que em termos gerais, as pessoas pobres não conseguiram se incluir, ao contrário pioraram sua qualidade de vida já que grande parte dos danos ambientais causados pelos seres humanos é causada para satisfazer o consumo das pessoas ricas. E esse modelo de consumo, de distribuição e acesso ao que está sendo produzindo no mundo, no Brasil, que está em questionamento. São esses recortes sociais de insatisfação que nos mostra uma relação indireta com o meio ambiente e, assim, raramente vêem os danos que estão causando. Que mudanças de comportamento observamos nesse modelo de desenvolvimento? Vejamos: a classe rica, a que detém todos os poderes, de informação, de recursos, de acesso, de articulação, de mobilização, sabe o valor, por exemplo, dos produtos orgânicos, para a saúde. Quem produz orgânico sem apoio nenhum são os pequenos agricultores familiares, que nem acesso a recursos de investimentos via bancos ou agencias de desenvolvimento, conseguem garantir para suas micros safras. Esse povo viaja léguas para ir até as feirinhas da cidade mais próxima para vender, aliás, entregar, quase de graça, produtos que consumiram suor e sangue, meses a fio, sem água, sem energia, a preços que não cobrem as mínimas necessidades de uma cesta básica. Eles vendem, por exemplo, tapioca e beiju, para comprar bolachas quimicamente coloridas, e ai qualquer lógica de autosustentação se esvai pois a cadeia produtiva sustentável é quebrada quando exploramos a mão de obra que “dá duro”, “pega forte no batente”, esquenta os miolos no sol quente “ durante a “lida” nas roças nordestinas de mandioca. Portanto, a classe alta provavelmente continuará com o seu alto consumo e as classes baixas trabalhando duro para alimentá-los com o que há de melhor, na segurança alimentar, no artesanato, nos paradisíacos roteiros turísticos. Riquezas biodiversas que a comunidade cuida como pode e o turista, vem, suja e degrada sob o discurso da ilusão usado na propagada da geração de emprego e renda, bordão mais utilizado pelo lobby invisível entre governo e empresas.

Vida frágil

Entre especialistas em comunicação circula informações sobre a velocidade da propagação do conceito sustentabilidade e a necessidade de entender melhor o sentido profundo da expressão, usada massivamente sem a devida interseção harmônica nas escalas de produção. Mais do que significado, uma frase vale por seu efeito estético, moderno, linkado com uma realidade que insiste resistir aos desafios de mudanças de comportamento para a sustentação de sistemas fragilizados pela ganância, lucro fácil e rápido, desperdício de tempo e recursos, em nome de uma Vida frágil e ignorada. Mesmo depois que a Ciência propagou ao mundo os problemas com o clima, e esses dados vem sendo divulgados desde os anos 70, a preocupação com as conseqüências geradas por essas bruscas transformações na Vida, não vemos ainda, mudanças de comportamento para essas adaptações discutidas entre os cientistas e pela mídia como uma questão de importância global, empresários, bancos, instituições de ensino, agricultores comunitários, governos em âmbito nacional e internacional parecem estar linkados, mas de forma desconexa, paradoxal, onde discurso e prática estão bem distantes da realidade.

Apesar do apelo ideológico difundido massivamente, com reforço diário do discurso da sustentabilidade, o conceito parece estar distante de práticas, ações, gestões, comportamentos, que levem equilíbrio, harmonia, entre o que, como, e quanto se produz, na cadeia das atividades econômicas. Nesse contexto, como a Comunicação, o jornalismo, a publicidade, as redes sociais, as listas de discussões, os grupos virtuais, blogs, sites, entre outros, podem contribuir com informações, transversalizadas, contextualizadas historicosocialmente, para a construção de uma nova mentalidade, um novo jeito de pensar, fazer, se comportar, agir, mudar, no que tem se mostrado, demandado, como necessário e urgente?

Discurso desconectado

De um lado vemos que os avanços da Ciência no prolongamento da Vida humana estão desconectados com a mesma fragilidade que essa vida se mostra em ambientes criminosamente impactados por essa mesma ação humana. Esse paradoxo entre as descobertas científicas e a preservação da Vida, num planeta que ainda estamos a conhecer, parece desconsiderar o tempo como o grande protagonista da História, que é determinada por ele. O homem pode viver 100, 110 ou mais anos. Ao mesmo tempo e no mesmo lugar, crianças continuam nascendo sem prevenção à saúde para garantir o início da vida. Faltam direitos simples, mínimos, como o de poder dar o primeiro suspiro numa maternidade com as mínimas condições profiláticas para isso.

Estamos bombardeados de propagandas sobre produtos que causam obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer e um sem número de doenças, diretas ou indiretamente relacionadas ao que consumimos. E não temos proteção para atendimentos médico, psicológico ou jurídico, necessários, decorrentes de comportamento construídos por uma mídia que parece focar apenas na sedução para a compra, desconectada com os resultados gerados pelo comportamento que a mensagem produziu no espectador, leitor, internauta, ouvinte, dentro ou fora de casa.

A televisão, por exemplo, entrou no mercado, nas lares, com força e poder para ditar comportamentos desproporcionais ao poder aquisitivo dessas famílias que se sentam, absortas, em frente a telinha. Vemos agora esse poder sendo dividido, compartilhado, distribuído para as redes sociais, onde esse mesmo poder da mídia veio ainda com mais força, com velocidade ainda maior, para transpor o tempo, agora imediato, real. A mesma competência que esteia o discurso da mídia verde vazia deve ser buscada com a inteligência exigida pela urgência que estar a querer a Vida, harmoniosa e sem pressa, como merecemos ser.

Essa mídia veloz em estimular o consumo, pelo consumo, vem empurrando a Vida para uma correria estressante onde por exemplo, comprar carro, para ficar preso em engarrafamentos, nas rodovias e centros urbanos, pagar até 15 reais de estacionamento, e correr todos os riscos por falta de seguro, parece ser mais importante do que se alimentar bem, como cultura de prevenção e saúde. Acordar cedo para trabalhar fora de casa, para pagar uma babá, que também deixou o filho em casa para ir trabalhar, alimenta cadeias de vida insustentáveis, famílias desestruturadas, ambientes de risco tosco. Se formos analisar o ciclo perverso sobre o trabalho das mães babás dos filhos dos outros, por exemplo, o custo social desse comportamento pode ser exemplo de diversos outros ciclos da vida em via crucis.

Jornalismo e investigação
E dever da Comunicação estar atenta as condições sociais para garantia da Vida? Se for e sabemos que é, então não podemos fazer de conta que não vemos empresas propagando-se sustentável, sem ser. Ao usar trabalho escravo, impactar o ambiente e não ter compromisso em cuidar, preservar, garantir condições para futuras gerações, não é sustentável. E, como disse o colega Andre Trigueiro, nós jornalistas, temos obrigação em dizer e mostrar porque projetos ditos sustentáveis, não o são, de fato. Claro que isso dá trabalho, precisa de investigação, coragem, e uma dose de ética que o mercado publicitário, e mesmo jornalístico, não parece estar interessado. Ter jornalistas que façam essa diferença nas redações e agora, em blogs, mídias e redes sociais, parece ser o caminho para aqueles que querem e acreditam no fazer como compromisso de mudanças.
Apesar da visibilidade midiática e da evolução do conceito: desenvolvimento sustentável, a realidade cotidiana demonstra, nos faz ver, perceber, sentir, registrar, que ações, de fato, sustentáveis, são difíceis de comprovar, diante de realidades diárias sobre a natureza humana e ambiental. Essas faces do ambiente estão degradadas, violentadas, exploradas, impactadas. A sustentabilidade tem sido ênfase dos discursos, peças publicitárias, propagandas, falas de governo, empresas e ONGs. De forma competente e criativa percebemos o apoderamento do termo para surfar na onda do marketing verde vazio.

Quando alguém, um governante, um empresário, um representante de um instituto, ONGs, associação, diz que faz um programa dessa ou daquela maneira e não o faz, de fato, como anuncia, qual deve ser o comportamento da mídia?. O corporativismo, com certeza, é outro elemento dificultador. O medo de perder emprego, contrariar interesses, mais forte ainda. O compromisso com os efeitos da informação não parece ser prioridade em agendas controladas pela política financeira. E, mesmo nas bancas acadêmicas o tempo e sempre pouco para aprofundar o debate.
A Carta da Terra diz que “devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. E, que para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações”. Nesse contexto, é imperativo reforçarmos o saber como instrumento de construção, impulsão, para qualquer modelo, jeito de viver, que reforce a condição humana como frágil, limitada, diante do poder da Natureza, cujas facetas, climáticas, por exemplo, a própria Ciência ainda ignora, desconhece?

Ciência e Sustentação

Qual o modelo de gestão da Ciência para problemas revelados pela própria Ciência sobre a necessidade humana de adaptar-se? Conforme a própria Ciência, para se realizar ações de adaptação é necessário financiamento e transferência de tecnologia para ajudar as comunidades pobres a se adaptarem aos impactos inevitáveis da mudança climática. No âmbito local, isto pode consistir em ajudar as pessoas com poder na comunidade, tais como funcionários ou agências locais, a se conscientizarem sobre o que está acontecendo e incentivá-las a agir, de maneira que as comunidades possam se adaptar às mudanças climáticas; muitas chuvas, secas prolongadas, incêndios florestais, entre outras, para se desenvolver de maneira mais sustentável. Mas isso não ocorre. As vitimas nordestinas das ultimas enchetes estão abandonadas, sem casas, levadas pelas furiosas enxurradas. No âmbito nacional, o trabalho de defesa e promoção de direitos poderia consistir em pedir aos governos para que obtenham acesso ao financiamento e à transferência de tecnologia necessária ou em procurar apoiar ou influenciar os Planos de Ação Nacionais de Adaptação (NAPAs). Isso até é acionado, mas o recurso não chega na ponta da cadeia de produção. Fica no meio do caminho ou na ponta inicial.

Outra ação seria a mitigadora, ou seja, feito o estrado, vamos agora mitigar, reduzir as emissões de gases de efeito estufa para um nível global “seguro”. Os países ricos são os que devem fazer a maior parte das reduções, enquanto que os países pobres devem obter acesso a financiamento e tecnologia para se desenvolverem de maneira sustentável, como, por exemplo, recebendo incentivos para proteger suas florestas. Há quem defenda, por exemplo, que na comunidade, em âmbito local, o trabalho de defesa e promoção de direitos poderia consistir em informar as autoridades locais sobre como colaborar com os processos nacionais e educá-las sobre possíveis opções de mitigação, tais como a utilização de energia renovável. Em âmbito nacional, o trabalho de defesa e promoção de direitos poderia consistir em pedir aos governos acesso ao financiamento e à tecnologia necessária para ajudar as comunidades a se desenvolverem de forma mais sustentável. E o jornalismo investigativo, comprometido, ativismo jornalístico ambiental vai e campo e observa, constata que isso não acontece, de fato, acontece na propaganda, nos relatórios, nas falas, nos discursos, seminários, congressos, relatórios e tudo o que acaba fortalecendo a insustentação da vida em ambientes pobres, carentes de atenção e seriedade com os recursos captados e não alocados.

E, como a vida continua pautada no consumo, seja de idéias, fazeres e experiências, necessário e sensato, parece ser, adotar políticas, práticas, comportamentos, que alimentem a construção de cadeias de suprimentos onde, fornecedores, distribuidores, varejistas e consumidor final, estejam em harmonia, em sintonia, com as adaptações que o planeta, o ambiente, rural ou urbano, estar a nos exigir, para a garantia da Vida, em suas diversas formas.

Liliana Peixinho* - Jornalista, ativista, Fundadora dos Movimentos Livres AMA – Amigos do Meio Ambiente e RAMA – Rede de Articulação e Mobilização Ambiental. Especializada em Mídia e RSA. MBA em Turismo e Hotelaria. Posgraduanda em Jornalismo Científico e Tecnológico - UFBA Objeto de pesquisa para o Projeto de mestrado “Mídia, transversalidade na informação e sustentabilidade” . lilianapeixinho@gmail.com

domingo, 9 de outubro de 2011

Ativismo Socioambiental Insustentável

Liliana Peixinho *
Como ser um ativista socioambiental comprometido com ações reais de preservação da Vida, da biodiversidade, de onde tudo e todos dependemos a cada novo dia , sem ter que pagar a conta do trabalho do próprio bolso, e sem ter que fazer alianças com o marketing verde vazio, perverso, criminoso e em alta no mercado, cego, aos perigos que nos ronda, diariamente?

Para jornalistas, ambientalistas, ativistas socioambientais sérios, críticos, atentos e realmente comprometidos com as mudanças que precisam ser feitas para a garantia de Vida Cotidiana não há espaço para se fazer o que o Planeta estar a nos exigir para garantimos a Vida. Escrevi diversos artigos sobre sobre o papel da mídia na construção da cidadania ambiental, onde as pautas precisam ser aprofundadas, investigadas, linkadas com o contexto histórico e real da Vida no século 21, onde a Ciência precisa urgente estar realmente a serviço da vida, em sua total e complexa simplicidade. Mas o que observamos é a manutenção de um sistema onde o capital continua sendo especulativo, predatóirio e alheio a problemas sérios para a garantia de vida em equilíbrio como falta de segurança, saúde, educação, moradia e comida decente.

A expressão SUSTENTABILIDADE ganhou proporções de banalização em larga escala, mundo afora e no Brasil, onde o desperdício é cultural e histórico, em todas as áreas, o termo mais do que banalizado está sendo capitalizado por empresas e governo que nada querem de compromisso real. A ordem política continua sendo crescer e crescer, a qualquer custo, pois o povo, que fortalece o poder político, continua sendo controlado por contrapartidas eleitoreiras de migalhas.

Apesar de ser consenso entre jornalistas, ambientalistas, ativistas e até empresários de que precisamos colocar o discurso em prática, o desafio de sensibilizar os grandes, o poder de decisão de editores, diretores, proprietários de grandes veículos, empresariado e público consumidor de notícia, ainda parece longe do cotidiano, como política e prática para uma Comunicação Sustentável. A necessidade de informações investigativas, sem rabo preso, com a linguagem simples e de valor construtivo para uma interação harmoniosa entre produtor e consumidor de informação está distante do compromisso com a preservação da grande matriz: recursos naturais.

A Cidadania Ambiental é proporcional aos filtros de informação que a sociedade pode ter acesso para tomar suas decisões com relação a consumo, posicionamento político, proatividade em cadeias produtivas que incentivem a nova Economia Circular e isso depende de aprofundamento, cuidado com os detalhes, para a produção da informação com qualidade. Como imparcialidade realmente é mito, mentira, embromação de jornalismo descomprometido com a informação de valor social, o compromisso do apurador, do investigador de informações, do repórter, precisa estar conectado com a real vontade pessoal de investigar e confrontar diversas fontes para passar a informação dos fatos com o compromisso que o contexto do fato requeira Mas os interesses entre proprietários de veículos de informação e sua representação histórica do poder de decisão no quê, como, quando, quanto e onde, será dada, ou não, uma informação, emperra o avanço dessa cidadania.

Liliana Peixinho*-DRT 1.430 – Jornalista, ativista sociombiental. Fundadora dos Movimentos AMA/RAMA- Rede de Articulação e Mobilização em Comunicação Ambiental Aluna Especial mestrado Cultura e Sociedade e da pós graduação em Jornalismo Científico e Tecnológico - Facom – UFBA

http://www.amigodomeioambiente.com.br/

lilianapeixinho@gmail.com/

sábado, 8 de outubro de 2011

marketing verde x realidade insustentável

De que maneira a Comunicação pode contribuir, ou não, com a sustentabilidade? A informação veiculada e acessada, filtrada, pode ajudar na mudança de comportamento? Como isso pode acontecer, de fato? Se formos verificar o volume de investimentos que governo e empresas realizam, para propagar programas e produtos, podemos supor que as contrapartidas em visibilidade, credibilidade e por conseqüência, consumo, apresentam retornos que satisfazem bem os interesses de uma das partes da cadeia, os investidores. Mas, e o consumidor, esta satisfeito? E a matriz de produção, tem sido preservada, cuidada?

É objetivo desse artigo despertar a atenção sobre forma, velocidade, conteúdos e resultados de comportamentos construídos pela mídia, através da propagação massiva de conteúdos, sob o olhar da sustentabilidade. Essa pesquisa é reforçada por depoimentos de especialistas e jornalistas sobre o cotidiano brasileiro, mostrando quão distante anda o discurso, generalizado, da prática. Onde a garantia da Vida se revela frágil quando observamos o caos em setores importantes como saúde, educação, transportes, moradia, emprego. Problemas sentidos de perto por quem mais o governo diz estar dando atenção: as classes média e pobre.

Entre especialistas em comunicação circula informações sobre a velocidade da propagação do conceito sustentabilidade e a necessidade de entender melhor o sentido profundo da expressão, usada massivamente sem a devida interseção harmônica nas escalas de produção. Mais do que significado, uma frase vale por seu efeito estético, moderno, linkado com uma realidade que insiste resistir aos desafios de mudanças de comportamento para a sustentação de sistemas fragilizados pela ganância, lucro fácil e rápido, desperdício de tempo e recursos, em nome de uma Vida frágil e ignorada.

Apesar do apelo ideológico difundido massivamente, com reforço diário do discurso da sustentabilidade, o conceito parece estar distante de práticas, ações, gestões, comportamentos, que levem equilibrio, harmonia, entre o que, como, e quanto se produz, na cadeia das atividades econômicas. Nesse contexto, como a Comunicação, o jornalismo, a publicidade, as redes sociais, as listas de discussões, os grupos virtuais, blogs, sites, entre outros, podem contribuir com informações, transversalizadas, contextualizadas historicosocialmente, para a construção de uma nova mentalidade, um novo jeito de pensar, fazer, se comportar, agir, mudar, no que tem se mostrado, demandado, como necessário e urgente?

De um lado vemos que os avanços da Ciência no prolongamento da Vida humana estão desconectados com a mesma fragilidade que essa vida se mostra em ambientes criminosamente impactados por essa mesma ação humana. Esse paradoxo entre as descobertas científicas e a preservação da Vida, num planeta que ainda estamos a conhecer, parece desconsiderar o tempo como o grande protagonista da História, que é determinada por ele. O homem pode viver 100, 110 ou mais, ao mesmo tempo e no mesmo lugar, crianças que nascem, agora, não garantem o início da vida por falta de direitos simples, como poder dar o primeiro suspiro numa maternidade com as mínimas condições profiláticas para isso.

Estamos bombardeados de propagandas sobre produtos que causam obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer e um sem número de doenças, diretas ou indiretamente relacionadas ao que consumimos. E não temos proteção para atendimentos médico, psicológico ou jurídico, necessários, decorrentes de comportamento construídos por uma mídia que parece focar apenas na sedução para a compra, desconectada com os resultados gerados pelo comportamento que a mensagem produziu no espectador, leitor, internauta, ouvinte, dentro ou fora de casa.

A televisão, por exemplo, entrou no mercado, nas lares, com força e poder para ditar comportamentos desproporcionais ao poder aquisitivo dessas famílias que se sentam, absortas, em frente a telinha. Vemos agora esse poder sendo dividido, compartilhado, distribuído para as redes sociais, onde esse mesmo poder da mídia veio ainda com mais força, com velocidade ainda maior, para transpor o tempo, agora imediato, real. A mesma competência que esteia o discurso da mídia verde vazia deve ser buscada com a inteligência exigida pela urgência que estar a querer a Vida, harmoniosa e sem pressa, como dever e merecemos ser.

Essa mídia apressada em estimular o consumo pelo consumo vem empurrando a Vida para uma correria para comprar carro para ficar preso em engarrafamentos, nas rodovias e centros urbanos. Acordar cedo para trabalhar fora de casa para pagar uma babá que também deixou o filho em casa para ir trabalhar, alimentando cadeias de vida insustentáveis. Se formos analisar o ciclo perverso sobre o trabalho das mães babás dos filhos dos outros, por exemplo, o custo social desse comportamento pode ser exemplo de diversos outros ciclos de via crucis da vida.

E dever da Comunicação estar atenta as condições sociais para garantia da Vida? Se for e sabemos que é, então não podemos fazer de conta que não vemos empresas propagando-se sustentável, sem ser, pois ao usar trabalho escravo, impactar o ambiente e não ter compromisso em cuidar, preservar, garantir condições para futuras gerações, não é sustentável. E, como disse o colega Andre Trigueiro, nós jornalistas, temos obrigação em dizer e mostrar porque projetos ditos sustentáveis, não o são, de fato. Claro que isso dá trabalho, precisa de investigação, coragem, e uma dose de ética que o mercado publicitário, e mesmo jornalístico, não parece estar interessado, em sua maior parte. Ter jornalistas que façam essa diferença nas redações e agora, nos blogs e mídias sociais, parece ser o caminho para aqueles que querem e acreditam no fazer como compromisso de mudanças.

Apesar da visibilidade midiática e da evolução do conceito: desenvolvimento sustentável, a realidade cotidiana demonstra, nos faz ver, perceber, sentir, registrar, que ações, de fato, sustentáveis, são difíceis de comprovar diante de realidades diárias sobre a natureza humana e ambiental. Essas faces do ambiente estão degradadas, violentadas, exploradas, impactadas. A sustentabilidade tem sido ênfase dos discursos, peças publicitárias, propagandas, falas de governo, empresas e ONGs. De forma competente e criativa percebemos o apoderamento do termo para surfar na onda do marketing verde vazio.

Quando alguém, um governante, um empresário, um representante de um instituto, ONGs, associação, diz que faz um programa dessa ou daquela maneira e não o faz, de fato, como anuncia, qual deve ser o comportamento da mídia?. O corporativismo, com certeza, é outro elemento dificultador. O medo de perder emprego, contrariar interesses, mais forte ainda. O compromisso com os efeitos da informação não parece ser prioridade na agenda, nem mesmo nos compromisso da academia.

A Carta da Terra diz que “devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. E, que para chegar a esse propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações”. Nesse contexto, é imperativo reforçarmos o saber como instrumento de construção, impulsão, para qualquer modelo, jeito de viver, que reforce a condição humana como frágil, limitada, diante do poder da Natureza, cujas facetas, climáticas, por exemplo, a própria Ciência ainda ignora, desconhece?

E, como a vida continua pautada no consumo, seja de idéias, fazeres e experiências, necessário e sensato, parece ser, adotar políticas, práticas, comportamentos, que alimentem a construção de cadeias de suprimentos onde, fornecedores, distribuidores, varejistas e consumidor final, estejam em harmonia, em sintonia, com as adaptações que o planeta, o ambiente, rural ou urbano, estar a nos exigir, para a garantia da Vida, em suas diversas formas.

Liliana Peixinho* - Jornalista, ativista, Fundadora dos Movimentos AMA – Amigos do Meio Ambiente e RAMA – Rede de Articulação e Mobilização Ambiental. Especialização em Mídia e RSA. MBA em Turismo e Hotelaria. Posgraduanda em Jornalismo Científico e Tecnológico - UFBA. lilianapeixinho@gmail.com

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Por : Liliana Peixinho * lilianapeixinho@gmail.com Colaboração Imprensa - IV CBJA Desafios do Jornalismo ambiental em pauta no Rio de Janeiro No período de 17 a 19 de novembro o Brasil será palco de grandes encontros sobre Jornalismo ambiental durante o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. Em foco, o aprofundamento do debate com os novos desafios da mídia frente à Sustentabilidade. O evento deverá reunir cerca de 1200 profissionais membros da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental; Jornalistas e profissionais de comunicação ligados à cobertura de temas ambientais e de sustentabilidade; Profissionais de comunicação de empresas que tem a sustentabilidade como foco operacional; Assessores de imprensa de empresas, ONGs e organismos de governo ligados a questões sociais, ambientais e de sustentabilidade; além de estudantes pesquisadores em comunicação socioambiental. O que é o IV CBJA A 4ª edição do CBJA - Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental acontecerá entre os dias 17,18 e 19 de novembro, na Pontifícia Universidade Católica, no Rio de Janeiro-RJ, e terá ênfase na cobertura da conferência Rio + 20. O evento, antes programado para 2012, foi antecipado pela comissão organizadora para estimular o debate e os preparativos para a conferência internacional, marco histórico da pauta mundial sobre Meio Ambiente. Palestras, oficinas, mini-cursos, exposições, lançamentos de livros e mostras cientificas com grandes nomes da pesquisa em Comunicação Ambiental do Brasil. Compõem a grade de programação painéis temáticos como: impactos das mudanças climáticas, uso de redes sociais no jornalismo, espiritualidade, Economia Verde, envolvendo o papel da mídia na construção do novo paradigma mundial de mudança de comportamento frente aos desafios para a garantia da Vida. Segundo a coordenação o objetivo do CBJA, é colaborar para a formação continuada dos profissionais de comunicação ambiental e fortalecer a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental e suas parcerias. Pela primeira vez as inscrições para o IV CBJA serão gratuitas e o acesso é pelo site www.jornalismoambiental.org.br/ Eventos Paralelos Durante o Congresso serão realizados outros eventos, em paralelo, como o Encontro da RedCalc – Red Latino-Americana de Periodismo Ambiental, que reúne jornalistas que atuam com pautas ambientais e de sustentabilidade em toda a América Latina; o I Encontro Nacional de Pesquisadores em Comunicação Ambiental; I Encontro Nacional da REBIA (Rede Brasileira de Informação Ambiental). O CBJA também conta com uma mostra científica, que reúne grandes nomes da pesquisa em Comunicação Ambiental do Brasil. Contextualização histórica Há 20 anos o Brasil sediou a Rio 92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92 ou Eco 92 . Desde então, entrou em pauta um ciclo de conferências das Nações Unidas para discussão de problemas que afetam a a Vida, na humanidade. Desses eventos surgiram as Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, Agenda 21, Carta da Terra, Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban e inúmeros outros documentos, acordos, convenções, códigos ainda não em prática efetiva para o enfretamento da reversão de problemas sérios como fome, miséria, injustiça social e degradação ambiental. Eventos que frustrou esperanças e indignou gente séria, atentas aos processos e formas de utilização de recursos, de toda ordem, para a preservação/adaptação da Vida, em agonia nesse planetinha de constantes mudanças. Sete bilhões com fome Informações divulgadas pelas redes ambientais mostram que sete bilhões de seres humanos vivem hoje as seqüelas da maior crise capitalista desde a de 1929. Um cenário com desigualdade social, pobreza extrema, fome em mais de bilhão de pessoas e o paradoxo do desperdício de alimentos, da falta de cuidado com a grande matriz natureza sendo devorada por um modelo capital em cheque junto às mentes inteligentes e altruístas mundo afora. Temos ainda, em pleno século XXI, guerras e situações de violência endêmica, racismo, xenofobia. A proposta de Cadeias Produtivas Sustentáveis de ponta a ponta é uma utopia diante de um sistema de produção e consumo as grandes corporações, mercados financeiros e os governos, que asseguram a sua manutenção, produz e aprofunda a decadência da Vida diante da perda de biodiversidade, escassez de água potável, aumento da desertificação dos solos e acidificação dos mares, a derrubada das florestas, o aumento da violência, do desemprego, do caos nos grandes centros urbanos. Nessa crise civilizatória, inédita, governos, instituições internacionais, corporações e com certeza o até o Terceiro Setor, estão em cheque com o modelo de economia, governança e valores considerados ultrapassados, paralisantes, perversos e até criminosos. A economia, conduzida num mercado financeiro global, apoiada no lucro fácil, rápido, especulativo, deixa suas marcas no trabalho escravo à moda moderna; na queima dos combustíveis fósseis, na degradação dos ecossistemas, no desenvolvimento igualado ao crescimento, na produção pela produção e outras práticas distante do tão propalado discurso Sustentável. Adaptação da Vida Esse olhar transversalizado sobre as necessidades de adaptação da Vida na Terra alimenta a oportunidade do que os ambientalistas chamam de “reinventar o mundo”, apontando saídas para o perigoso caminho que estamos trilhando. Educadores da rede brasileira tomaram a seguinte posição: “a ação dos atores hegemônicos do sistema internacional e mediocridade dos acordos internacionais negociados nos últimos anos, suas falsas soluções e a negligência de princípios já acordados na Rio92, entendemos que se não devemos deixar de buscar influenciar sua atuação, tampouco devemos ter ilusões que isso possa relançar um ciclo virtuoso de negociações e compromissos significantes para enfrentar os graves problemas com que se defronta a humanidade e a vida no planeta.”. Entendem que a agenda necessária para uma governança global democrática pressupõe um fim da condição atual de captura corporativa dos espaços multilaterais. Reforçam a idéia de mobilização social onde a mudança somente virá da ação dos mais variados atores sociais: diferentes redes e organizações não governamentais e movimentos sociais de distintas áreas de atuação, incluindo ambientalistas, trabalhadores/as rurais e urbanos, mulheres, juventude, movimentos populares, povos originários, etnias discriminadas, empreendedores da economia solidária. Garantir condições materiais e tecnológicas para que novas formas de produção, consumo e organização política sejam estabelecidas, potencializando a atuação coletiva. Para movimentos ambientais brasileiros como REBEA, AMA, RAMA, REBIA, RBJA, e outros coletivos, a Rio +20 poderá ser um importante ponto na trajetória das lutas globais por justiça social e ambiental construídas antes e depois da Rio-92, como Seattle, FSM, Cochabamba, COP 17, G20. Oportunidade que precisa ser potencializada como espaço democrático para gerar forças e resistência na defesa da Vida. Preparação para a Rio + 20 A Conferencia Mundial chamada de Rio + 20, será realizada em junho de 2012, como evento autônomo e plural, provisoriamente denominado Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD). A Bahia levará ao evento propostas para ações cotidianas através das campanhas dos Movimentos AMA – Amigos do Meio Ambiente e da RAMA- Rede de Mobilização em Comunicação Ambiental através da Agenda Ambiental Doméstica, com ações proativas para Consumo Consciente, Adoção da Cultura dos 7 Rs - Racionalizar, Reduzir, Repensar, Recriar, Reaproveitar, Repartir, Revolucionar e Desperdício Zero = Lixo Zero = Saúde 10. Ações com agregação em aproveitamento integral de alimentos/segurança alimentar, cultura de prevenção e cuidado com a Vida e construção de cadeias produtivas sustentáveis de ponta a ponta, para comércio justo, inclusão social e bem viver em harmonia com a grande matriz Natureza. Carbono Zero IV CBJA será carbono negativo, ou seja, serão plantadas mais árvores que o necessário para a neutralização das emissões de carbono do evento, que também adotará práticas ecoeficientes e produtos reciclados. A proposta é que o IV CBJA seja um exemplo do que os jornalistas ambientais esperam ver na sociedade. A Realização é da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, com organização da REBIA e Envolverde. Tem o apoio institucional da PUC Rio e NIMA; operação da Pega Eventos e patrocínio master o Fundo Vale e Petrobrás e outros como Itaú Unibanco e Fundação Banco do Brasil. A curadoria é dos jornalistas Dal Marcondes, com a Envolverde e RBJA e Vilmar Berna, com a REBIA e a RBJA. PROGRAMAÇÃO: PAINEL 1 Os desafios da cobertura da Rio+20 • Luiz Figueiredo – embaixador, diretor de meio ambiente do Itamaraty (A confirmar) • Ladislau Dowbor – economista e professor da PUC SP (confirmado) • Aron Belinky – Vitae Civilis e Ecopress (A Confirmado) • Sérgio Besserman (A confirmar) Moderação Dal Marcondes – jornalista e diretor de redação da Envolverde PAINEL2 Redes Sociais e Sustentabilidade • Alan Dubner (Confirmado) • Ismar Soares – Prof. Educomunicação USP (A confirmar) • Luis Nassif (A confirmar) • Luiz Antônio Prado (colunista da REBIA -A confirmar) Moderação Henrique Camargo – Mercado Ético (A confirmar) PAINEL3 Jornalismo em Tempo de Economia Verde • Amélia Gonzalez – editora do caderno Razão Social – O Globo (A confirmar) • Sonia Araripe – editora revista Plurale (A Confirmar) • Ricardo Voltolini – Editor revista Ideia Sustentável (A confirmar) • Ricardo Arnt - Revista Planeta (A confirmar) Moderação • Ricardo Young – ex-presidente do Instituto Ethos (A Confirmar) PAINEL4 O jornalismo científico e o diálogo imprensa/academia • Ulisses Capozolli – Editor da Scientific America Brasil (A confirmar) • Eduardo Geraque (A confirmar) • Wilson da Costa Bueno (Confirmado) • Renato Janine ñ Moderação Ilza Girardi (Confirmada) PAINEL5 As novas pautas da sustentabilidade • Andrea de Lima – ex-gerente de comunicação do instituto Ethos (A confirmar) • Sonia Favaretto – diretora de comunicação da BM&F Bovespa (A Confirmar) • Celso Marcondes – diretor da revista Carta Capital (A Confirmar) ñ Moderação Reinaldo Canto – ex-diretor de comunicação do Greenpeace (Confirmado) PAINEL6 Sustentabilidade no Rádio e na TV • Maria Zulmira – Repórter e produtora de TV (A confirmar) • Paulina Chamorro – Gerente de Meio Ambiente da Rádio Eldorado (A confirmar) • Sergio Abranches (A confirmar) ñ Moderação João Batista Santafé (A confirmar) PAINEL7 Redes Sociais e Sustentabilidade • Alan Dubner (Confirmado) • Ismar Soares – Prof. Educomunicação USP (A confirmar) • Luis Nassif (A confirmar) • Luiz Antônio Prado (colunista da REBIA -A confirmar) Moderação Henrique Camargo – Mercado Ético (A confirmar) PAINEL7 Cidades Sustentáveis • Andrea Young – Unicamp / INPE (A confirmar) • Luanda Nero – jornalista do Movimento Nossa São Paulo (A confirmar) • Rafael Greca ( A confirmar) Moderação André Trigueiro (Confirmado) Liliana Peixinho * - Jornalista, ativista socioambiental, aluna do Curso de Jornalismo Científico e Tecnológico da UFBa, autora do projeto para mestrado “ Transversalidade da Informação como instrumento de construção da Comunicação Sustentável”. Fundadora dos Movimentos Livres AMA/RAMA- Rede de Mobilização e Comunicação Ambiental

domingo, 25 de setembro de 2011

ATITUDES SUSTENTÁVEIS ADOTE AS CAMPANHAS DO MOVIMENTO AMA MUDANÇA COMPORTAMENTO = CONSUMO CONSCIENTE Campanhas, projetos, programas, ações voltadas para o Consumo Consciente, Cultura dos RRRRRR– Repense, Reduza, Reutilize, Recrie, Reaproveite, Reinvente, Revolucione, através da prática do “Desperdício Zero”, Consumo Consciente, Interação ao Outro, através da valorização de alimentos, água, energia, papel e outros produtos gerados a partir do uso dos recursos da matriz energética Natureza. Com valores, ações, atitudes na perspectiva do DESPERDICIO ZERO = LIXO ZERO Lixo podemos construir ambientes com Saneamento 10. Além disso: Geração de Renda Cidadã, com Reciclagem Criativa Produtiva, Fortalecimento do potencial local, campanhas de combate a fome, difusão de informações sobre aproveitamento integral dos alimentos, reeducação individual/doméstica/escolar para o combate ao desperdício, de forma geral, mas com foco especial em alimentos, água e energia. Queremos criar estruturas de retaguardas para famílias de catadores, otimização de resíduos em escolas, instituições, empresas, com parcerias empresariais de incremento a negócios verdes, a partir da Cultura dos RRRRR, Consumo Consciente, Comércio Justo, Economia Solidária, Reforço de Cadeias Produtivas Harmoniosas. Se for jogar fora, como lixo, ou seja, sem critério de seleção ou separação, materiais como : roupas, sapatos, madeiras, alumínio, eletroeletrônicos, brinquedos, móveis velhos e outros produtos, ligue para o Movimento AMA ou mande um email que nossos voluntários podem lhe mostrar como dar novos destinos e usos ao que muitas pessoas consideram como lixo e acaba sujando ainda mais a casa, o bairro, a escola, a instituição, a cidade, os ambientes de convivência. Adotando a CULTURA dos RRRRR você pode ajudar famílias/coletivos de catadores e de comunidades rurais, no interior, que precisam desses materiais para reutilizar com arte, ou quem sabe até começar um pequeno negócio artesanal, de forma criativa. Seja um AMA-Amigo do Meio Ambiente. Para associar-se entre no site www.amigodomeioambiente.com.br e mande email para ama@amigodomeioambiente.com.br ou para lilianapeixinho@gmail.com Informações 71 – 9938-0159 - 8769-6927 - 9138-7965